Compressão torácica é o procedimento mais adequado.
O que era considerado um aliado no atendimento de emergência em caso de parada cardíaca, agora é visto como prejudicial. Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que a massagem cardíaca sozinha é mais eficaz do que quando aliada à respiração boca a boca. E os cardiologistas vão além, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) atrapalha, principalmente nos dez primeiros minutos do atendimento.
1. Foi criado o algoritmo universal simplificado de Suporte Básico de Vida para adultos.
2. Houve uma alteração na sequência recomendada para o socorrista que atua sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão.
3. Foram feitos refinamentos nas recomendações para o reconhecimento e o acionamento imediato do serviço de emergência/urgência, com base nos sinais de que a vítima não responde, e para o início da RCP se a vítima não responder, não apresentar respiração ou apresentar respiração anormal (isto é, apenas com gasping).
4. O procedimento "ver, ouvir e sentir se há respiração" foi removido do algoritmo.
5. Tem-se dado ênfase permanente em RCP de alta qualidade (com frequência e profundidade das compressões torácicas adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada compressão, minimizando interrupções nas compressões e evitando ventilação excessiva).
6. A frequência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto).
7. A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1 1/2 a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Essa mudança de conduta faz parte das novas diretrizes da ILCOR (Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação), que passam a valer em 2010, no mundo todo. “Esses protocolos de atendimento são atualizados a cada cinco anos. Durante o Simpósio de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação vamos antecipar esse novo consenso internacional em emergência e ressuscitação. Todo o programa científico é baseado no detalhamento destas modificações”, revela Sérgio Timerman, presidente do evento e cardiologista da SOCESP.
O cardiologista explica que a compressão torácica deve ser realizada sem interrupções, principalmente nos dez primeiros minutos no processo de ressuscitação. “Quando a respiração boca a boca é adotada, automaticamente a massagem cardíaca é interrompida, já que o os dois procedimentos são intercalados”, explica Timerman.
DEA - Desfibrilador Externo Automático
Dois estudos realizados nos Estado Unidos corroboraram para o novo conceito. O primeiro, no Arizona, mostra que o índice de sobrevivência com alta hospitalar quando utilizado o método de ressuscitação com auxílio da respiração boca a boca foi de 9% e aumentou para 25% quando apenas a massagem cardíaca foi adotada. O segundo levantamento, feito em Kansas, Missouri, o percentual de sobrevivência saltou de 15% para 52%, quando a ventilação não foi usada. “A taxa de sobrevivência é, em média, três vezes maior nos pacientes submetidos a apenas a compressão torácica. Não há dúvidas que as novas diretrizes vão ajudar a salvar mais vidas”.
Guildelines 2010 Reaniamção Cardiopulmonar (RCP)
AHA - American Heart Association
Referências:
Eduardo Anthônio
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